Quando era criança (e isso já faz um tempo) adorava jogar o jogo dos sete erros! Na realidade era um jogo investigativo, pois a gente procurava o que tinha de diferente entre duas imagens  e não, efetivamente, o que tinha de ‘errado’. Mas o nome do jogo era esse! Vai saber!

Aqui eu proponho a brincadeira ao contrário. Vamos lá?

O que há de comum entre:  a decisão de Nestlé Brasil em permitir que seus (suas) trabalhadores (as) levem seus pets todos os dias ao trabalho;  a licença menstrual a trabalhadoras na Espanha e o adiamento do retorno ao trabalho presencial na Apple?

Alguma chance? Quem se arrisca?

Quem respondeu: atração e retenção de talentos, acertou! Na real a gente nem usa mais esta expressão, mas ela é autoexplicativa então usarei aqui.

As empresas ficaram boazinhas? Não creio. Me perdoem se o tom parece de deboche, mas não é. O buraco é muito mais embaixo e eu lamento profundamente por quem ainda não acordou para a realidade do mundo do trabalho: estamos cada vez mais preocupados(as) com nossa qualidade de vida e ter uma melhora na remuneração em detrimento à saúde já não é mais a escolha de milhares de pessoas ao redor do planeta. O discurso do cansaço já não convence mais e na real tá ficando muito chato.

O movimento agora é: vamos ouvir quem trabalha conosco? Vamos nos adaptar como organização e promover uma parceria genuína com quem nos presta seu tempo e seu talento? Vamos humanizar as relações no trabalho na medida em que damos tanto quanto cobramos?

Esta perspectiva te parece utópica, longe da tua realidade? Então dá uma espiada pela janela, pois a água, em algumas empresas, já está batendo na cintura. Algumas irão se afogar; outras já estão aprendendo a nadar. E tu estás onde?